
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, foi libertado nesta segunda-feira (29/09/2025), após permanecer preso por cerca de dois meses na Penitenciária Serrano Neves, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Metrópoles+1
A soltura foi resultado de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que revogou a prisão preventiva dele, alegando que os argumentos usados para mantê-lo encarcerado eram insuficientes, especialmente no que tange ao risco de reiteração ou fuga. NaTelinha
O que motivou a prisão
Oruam havia sido preso em 22 de julho de 2025, após uma operação policial que visava cumprir mandado de busca e apreensão contra um adolescente identificado como “Menor Piu”. A ação ocorreu em sua casa, e, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o rapper teria tentado impedir o cumprimento do mandado. Metrópoles+2NaTelinha+2
Ele é investigado por crimes como associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. NaTelinha
Além disso, Oruam é filho de Marcinho VP, integrante histórico do Comando Vermelho, fator que agrava a atenção policial ao caso. Metrópoles+2CNN Brasil+2
Como foi a soltura

A decisão liminar que autorizou sua liberação foi assinada pelo ministro Joel Ilan Paciornik do STJ. NaTelinha+2Metrópoles+2
Porém, ela só foi cumprida três dias depois, pois a Justiça do Rio só foi formalmente notificada no dia 29/09. Até então, Oruam permanecia preso aguardando o trâmite do alvará de soltura. NaTelinha
Ao sair da prisão em Bangu, o rapper foi cercado por familiares e fãs. Ele usou uma máscara do Homem-Aranha para sair do presídio, cena que repercutiu nas redes sociais. CNN Brasil
Condições e restrições impostas
Mesmo solto, Oruam deverá obedecer a várias medidas cautelares substitutivas, como:
- Uso de tornozeleira eletrônica
- Recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h
- Comparecimento mensal em juízo
- Manter endereço fixo
- Proibição de acesso a áreas de risco, como o Complexo do Alemão
- Proibição de contato ou aproximação de outros investigados ou do “Menor Piu”, dentro de raio de 500 metros
- Restrição de sair da comarca por mais de sete dias sem autorização judicial Metrópoles+1
Essas medidas visam garantir que ele não represente risco à ordem pública ou à investigação.
Repercussão e debates jurídicos
A soltura de Oruam reacendeu discussões sobre o uso da prisão preventiva no sistema penal brasileiro. O ministro Paciornik ressaltou que ela deve ser uma medida excepcional, aplicada apenas quando estritamente necessária — argumentando que, no caso dele, os fundamentos apresentados eram vagos. NaTelinha+1
Críticos afirmam que há um duplo padrão no tratamento judicial de figuras do meio artístico e de pessoas comuns. Enquanto alguns obtêm liberação antes mesmo do processo tramitar completamente, muitos comuns permanecem presos por longos períodos sem julgamento.
Para os fãs e para a base de apoio do rapper, a soltura foi celebrada como vitória da justiça. Nas redes sociais e nas imediações do presídio, houve mobilização e manifestações de apoio. Metrópoles+2CNN Brasil+2
O que esperar daqui pra frente?
Oruam segue sob investigação, e o andamento do processo será definido conforme os autos e as provas apresentadas pela acusação e defesa. Se, em algum momento, for demonstrado risco concreto ou nova conduta criminosa, a prisão pode ser reimposta.
Além disso, o ápice da atenção está em como ele vai cumprir as medidas cautelares impostas, principalmente o uso da tornozeleira e as restrições de circulação. Qualquer descumprimento pode trazer consequências graves.
Por enquanto, o rapper volta ao convívio social com limitações, mas com liberdade provisória em mãos — um cenário delicado, entre a liberdade e a vigilância judicial.
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